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Secretário Enio Lins prestigia lançamento do livro ‘17 de Julho’ do jornalista Joaldo Cavalcante

Enio Lins considera que o episódio traz no presente uma reflexão sobre o indispensável equilíbrio das contas públicas
Texto de Severino Carvalho

O secretário de Estado da Comunicação, Enio Lins, prestigiou, na noite de segunda-feira (17), o lançamento do livro-reportagem do jornalista Joaldo Cavalcante, intitulado ‘17 de julho – a gameleira, as lembranças e a história decidida à bala’. O evento, promovido no restaurante Anamá, na Ponta Verde, reuniu jornalistas, escritores e políticos em solenidade bastante concorrida.

 

A obra rememora os fatos que culminaram com a grande revolta ocorrida na Praça Dom Pedro II, à porta da Assembleia Legislativa de Alagoas, e com a renúncia do então governadordo Estado, Divaldo Suruagy, após troca de tiros entre policiais militares e civis e guarnições do Exército Brasileiro.

 

 

“Eu estava na praça naquele dia, testemunhei o tiroteio, a luta do povo na rua contra um governo que havia chegado à exaustão. Foi o maior conflito político ocorrido na história recente das unidades federadas do Brasil. Resolvi reconstituir jornalisticamente os acontecimentos que levaram ao episódio de 17 de julho e seus desdobramentos. Meu desejo, nessas 221 páginas, é contribuir com o resgate de fatos históricos que os alagoanos não devem esquecer”, declarou Joaldo Cavalcante.

 

Enio Lins falou da expectativa em torno do livro. “Pelas outras obras de Joaldo, espero um bom livro. E o Joaldo cumpre um papel fundamental. Ele é um historiador e um cronista do próprio tempo. Então, ele não está remexendo em obras muito antigas, está contando com a própria memória, com a própria vivência. Esse livro sai no momento certo: 20 anos após o acontecido, porque estão quentes todas as informações contidas nesse trabalho”, avaliou o secretário.

 

 

Enio Lins estava na redação do Jornal Gazeta de Alagoas naquele 17 de julho de 1997, acompanhando os desdobramentos da revolta pelo rádio. Ele voltara à pauta diária havia sete meses, após ocupar a Secretaria de Cultura, no próprio governo Suruagy.

 

Segundo o jornalista, os atrasos salariais do funcionalismo tornaram a situação política de Suruagy insustentável, apesar da resistência do então governador.

 

“Aquele foi um momento muito duro, em que o Estado passou sua maior crise em 40 anos, depois do tiroteio na Assembleia, em 1957. Marcou uma tragédia política e pessoal para o então governador Divaldo Suruagy. Na verdade, ele tentou resistir até o último momento a demitir, a cortar salários e terminou, com essa tentativa de defesa do funcionalismo público, envolvido numa tragédia imensa que o vitimou, acabando com a sua carreira política, que era uma das mais expressivas do Estado de Alagoas”, disse Enio Lins.

 

 

Lição

 

Como lição, Enio Lins considera que aquele episódio traz no presente uma reflexão sobre o indispensável equilíbrio das contas públicas.

 

“Na época, ainda não havia a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A pressão era muito grande para que a massa salarial não sofresse impacto negativo, e a tentativa do governador Divaldo Suruagy de atender a essa demanda contra toda a realidade econômica acabou levando àquela situação. Não basta você querer apenas defender o funcionalismo público, você tem que ter condições efetivamente de dar as respostas certas na hora certa. E isso vale para qualquer administrador. Você tem que ter o equilíbrio indispensável das contas públicas para que outro 17 de julho não volte a acontecer”, ponderou Lins.

 

Emblemático

 

O secretário de Comunicação representou o governador Renan Filho, que não pôde comparecer ao lançamento do livro.

 

Na manhã desta terça-feira (18), durante a entrega de 15 novas ambulâncias ao Serviço Estadual de Transporte Sanitário (SETS) no Jaraguá, Renan Filho falou sobre o fatídico 17 de Julho. Em entrevista à imprensa, ele enfatizou que é preciso aprender com os erros do passado.

 

“O 17 de julho é um dia muito emblemático para Alagoas, porque foi o fatídico dia em que o servidor público não aguentou mais tanto tempo de atraso salarial e se mobilizou. Houve, inclusive, a mudança no governo do Estado. Nós devemos sempre aprender com os erros do passado para não cometê-los novamente. Por isso, sempre solicito aos secretários, a quem trabalha com o Governo, e mesmo à imprensa, que tem um trabalho importante, serenidade, razoabilidade, para que a gente leve Alagoas, em meio à crise nacional, da maneira que estamos levando: com equilíbrio nas contas e realizando os investimentos necessários”, afirmou Renan Filho.

 

O governador lembrou, ainda, que o Brasil está vivendo o ciclo econômico mais difícil de sua história, mas fez uma ressalva. “Naquela época, em 1997, o problema foi localizado em Alagoas e, hoje, o problema está no Brasil todo. Alagoas está fora desse risco”, finalizou.

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