PREFEITOS NO DESESPERO
Os prefeitos estão sendo convocados a ir a Brasília no dia 22 para participar de um ato público que será realizado no Congresso Nacional. O objetivo é pressionar os parlamentares para votar uma Medida Provisória que solicita ao governo federal a liberação de R$ 4 bilhões, para socorrer os municípios. As lideranças também pedem à imprensa que ajude a expor a situação de insolvência dos municípios. Segundo os gestores, as prefeituras estão com dívidas com fornecedores e com salários atrasados de servidores, e mais de 60% não têm como pagar o décimo terceiro salário. Em Alagoas, 20% das prefeituras já estão com os salários atrasados e não têm como continuar com os serviços essenciais funcionando, mesmo com demissões e cortes de gratificações. Ainda assim, alguns prefeitos, sem experiência administrativa, não conseguiram equilibrar as finanças e continuam sem pagar servidores e fornecedores. Os números divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e os relatados pelos gestores não batem. A CNM afirma que 2017 foi um ano um pouco melhor que 2016, mas os prefeitos contestam essa informação e mostram através dos números dos repasses que os recursos têm sido menores. Para os prefeitos, se não houver um socorro financeiro neste final de ano, as prefeituras não terão como continuar mantendo os serviços essenciais funcionando e decretarão a falência total. A mobilização municipalista, no dia 22, deverá ser uma das maiores dos últimos 10 anos. Todos em Brasília!
PORTO CALVO
O prefeito de Porto Calvo, David Pedrosa, disse que está mantendo a duras penas os salários dos servidores, mas alerta que não sabe como será a situação em 2018, com o aumento do salário mínimo e com os reajustes do piso de várias categorias, como, por exemplo, da Educação e da Saúde.
PORTO DE PEDRAS
O prefeito de Porto de Pedras, Henrique Vilela, também disse que está bastante preocupado com o cenário financeiro que se desenha para 2018. Segundo ele, em Porto de Pedras foram tomadas várias medidas de corte de custos, como demissões de contratados e comissionados, além da suspensão do pagamento dos fornecedores.
DELMIRO GOUVEIA
Em Delmiro Gouveia, a administração municipal foi mais que radical e demitiu não só os contratados e comissionados, mas também os secretários. O município é dos mais afetados com a crise financeira, visto que houve o fechamento da Fábrica da Pedra, jogando os desempregados na porta da prefeitura.
JAPARATINGA
Em Japaratinga, o prefeito Junior Loureiro atrasou os salários dos servidores e aposentados. O prefeito foi um dos primeiros a demitir alguns contratados comissionados, além disso, foi beneficiado com uma determinação judicial do STF, que mandou anular o concurso público de 2000 e demitir os aprovados concursados. Dessa forma, sobraram recursos para colocar as contas em dia.
POR MOZART LUNA
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