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Laudo do IMA diz que aterro de Maceió polui praias com metais pesados

A situação das condições de funcionamento do aterro sanitário de Maceió se agrava a cada ano, colocando em perigo a balneabilidade das praias da capital alagoana, entre eles Riacho Doce, Garça Dorta e Guaxuma, além do trecho que vai do Pontal da Barra até a Praia da Avenida em Jaraguá.

Segundo laudo tecnico emitido pelo Instituto do Meio Ambiente no final do ano passado após estudos laboratoriais realizados diz que: “ a) QUE o sistema de tratamento de efluentes do Aterro Sanitário de Maceió, NÃO atende as condições de tratamento de chorume produzido no Aterro Sanitário, no que estabelece a Resolução do CONAMA nº 430/2011 para as Condições e Padrões de Lançamento de Efluentes, principalmente em cumprimento a Resolução nº 357/2005, Arts 15, 18 e 42”.

Os testes pelo IMA no Instituto de Tecnologia e Pesquisa, em Aracaju/SE apontam que a estação de tratamento não está conseguindo tratar os metais pesados, existentes no chorume do Aterro Sanitário de Maceió. Esse produto é considerado altamente danoso ao meio ambiente, e mesmo assim são lançados no mar, através do emissário submarino de Maceió, como vem sendo realizado atualmente.

Os testes laboratoriais constaram que metais perigosos como Arsênio, Cádmio, Ferro, Manganês e o Níquel estão foram do padrão exigidos pela legislação e mesmo assim estão sendo jogados no emissário submarino de Maceió, onde é colocando em contato também com os resíduos orgânicos do sistema de saneamento básico da capital e bombeados pelos sistemas para o mar.

Os metais em contado com a matéria orgânica é uma reação química considerada perigosa pelos ambientalistas e que faz surgir, em várias partes das praias do Pontal da Barra, Trapiche, Sobral e Avenida da Paz, manchas escuras e uma densa espuma marrom.

Inquérito PF

Os problemas que envolvem o funcionamento do Aterro Sanitário de Maceió,  são antigos e chegou a se transformar em um inquérito da Polícia Federal ( 0207/2012-4 SR/PF/AL), que corre em sigilo, pois apura várias irregularidades. A denuncia foi realizada através do Sistema de Denuncia on Line ao Ministério Público Federal, que aguarda que a delegada Tatiana de Barros Bonaparte, conclua as diligências que começaram desde ano passado.

As consequências para o meio ambiente, segundo os ambientalistas só se agravam como por exemplo, a constatação pelo IMA de que os recursos hídricos existentes próximos ao Aterro Sanitário de Maceió estão sofrendo contaminação.

Um dele é o riacho Jacaré entre Garça Torta e Riacho Doce, que já apresenta, segundo exames laboratoriais do IMA, índices de contaminação de metais existentes na lagoa de chorume do Aterro Sanitário de Maceió.

O riacho Jacaré se encontra diretamente com o Oceano Atlântico entre as praias de Garça Torta e Riacho Doce, bastante frequentada pelos moradores, além de ser destinos turísticos de visitação dos frequentadores do balneário do SESC. Os perigos causados por esses metais pesados a saúde humana são diversos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que alerta em seu portal para que se evite contato com eles.    L

CONCLUSÃO DO LAUDO

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