O fluxo de voos domésticos cresceu 36% no Brasil e o destaque vai para Latam com 48%. Em números absolutos, o resultado de setembro representa o maior crescimento de RPK (unidade utilizada para medir a demanda na aviação civil) desde o início da pandemia de Covid-19. Em segundo lugar vem a Gol, com quase 36% e Azul, com 23%. Já a oferta do setor cresceu 28% na comparação entre os dois meses.
Os números mostram uma reação do mercado que no Brasil está reagindo bem neste momento de retomada. Mesmo assim a recuperação significativa em relação a agosto, a demanda doméstica do setor ainda foi 55% menor na comparação com setembro do ano passado. Já a oferta caiu 53,4% na média geral. No ano, o setor já acumula uma queda de 53% na demanda e de 51% na oferta.
O número de passageiros transportados em voos domésticos registrado em setembro é o maior desde a implantação da malha aérea emergencial, em abril. Ao todo foram transportados 3 milhões de passageiros. No ano, o país já chegou a 30,6 milhões, mesmo número registrado nos anos de 2001 e 2002, os primeiros de implementação da liberdade tarifária no Brasil. Caso a mesma média de crescimento observada desde maio (37%) se repita nos últimos três meses de 2020, o Brasil deve fechar o ano com 48 milhões de passageiros, retornando aos mesmo patamares de 2007.
INTERNACIONAL
No internacional a demanda cresceu 12% e a oferta 28% na comparação com agosto. Já em relação a setembro do ano passado a queda é de aproximadamente 91% e 69%, respectivamente.
MARKET SHARE
A Gol manteve sua liderança na participação de mercado, chegando a 38,5%, seguida por Latam (33,7%), Azul (27,4%) e Voepass (0,4%). Com isso, a Latam se distancia da Azul na segunda posição e se aproxima da participação de mercado registrada na média do último ano.
Já Azul, que chegou a liderar o mercado nos primeiros meses de retomada, entre maio e junho, passou para segunda posição em julho e retornou a terceira em agosto. Líder de mercado nos últimos anos, a Gol chegou a ocupar a segunda posição nos meses que a Azul liderou, mas retornou ao topo em julho. No internacional, ainda em meio as restrições de fronteira, a TAP lidera, seguida por Latam, Qatar, KLM, Azul e Air France.
