Uma das perguntas que tenho recebido é quando vamos poder voltar a viajar de novo?
Viajar após a pandemia do Corona vírus é esperada por muita gente, o setor de Turismo foi um dos mais atingidos pela pandemia do coronavírus e infelizmente isso vai impactar as viagens de 2021 e até mais. Muita gente teve que adiar ou mudar a data da sua viagem. Companhias aéreas sem voos programados, cruzeiros parados, hotéis obrigados a fechar e muita gente desempregada.
A verdade é que o coronavírus deixou o mundo de ponta cabeça e mudou futuro do turismo, da economia, da saúde e a forma como vivemos. Como será o mundo após a pandemia?
Os números são alarmantes mais de 75 milhões de desempregados do setor do turismo no mundo todo, ou seja, 1 milhão de empregos perdidos por dia, segundo o World Travel and Tourism Council. Muitas companhias quebraram como empresas aéreas, hotéis, agências de turismo porque não possuem recursos para se manter em pé todo esse tempo.
Em outubro de 2020, os Estados-Membros da UE adotaram uma recomendação da Comissão Europeia sobre uma abordagem coordenada da restrição da livre circulação em resposta à pandemia COVID-19. Esta abordagem pressupõe a classificação das regiões por cores de acordo com a situação epidemiológica local.
A 1 de fevereiro de 2021, com base numa recomendação da Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia adotou uma nova recomendação sobre a abordagem coordenada das restrições à livre circulação em resposta à pandemia COVID-19.
De acordo com a nova recomendação, foi adicionada uma nova cor (vermelho escuro) às categorias existentes de verde, laranja, vermelho e cinza no mapa semanal publicado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). O vermelho escuro aplicar-se-á às áreas onde o vírus circula em níveis muito altos, onde a taxa de notificação de casos COVID-19 cumulativa de 14 dias é de 500 ou + por 100.000 habitantes.
Determina, ainda, a recomendação que os Estados-Membros devem exigir que as pessoas que viajam de uma área classificada como vermelho escuro sejam submetidas a teste de infeção por COVID-19 antes da chegada e sejam submetidos a quarentena, autoisolamento. Medidas idênticas podem ser aplicadas a áreas com alta prevalência de variantes preocupantes.
Divulgado um mês atrás, um comunicado do Conselho Europeu listou os seis países de fora da UE para os quais o bloco deve reabrir as fronteiras gradualmente: Austrália, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Coreia do Sul e Tailândia. Ou seja, lugares de onde o coronavírus foi praticamente erradicado. Essa postura deixa claro que a Europa não pretende permitir a entrada de cidadãos de países onde a situação esteja mais ou menos resolvida. Uma vez que o Brasil vive o pior momento da pandemia, tudo indica que esse controle só vai acontecer quando a grande maioria da população brasileira estiver vacinada.
Para poder podermos de novo poder voltar a viajar de novo os governos e companhias empenhadas em criar um documento que permita provar que passageiros têm um teste negativo à covid ou estão vacinados, ou seja um passaporte Covid-19 ou certificado verde com as seguintes informações;
Tem vacina tomada contra o Covid-19
Teste negativo ao Covid- 19
Já foi infetado pelo Covid-19 por isso esta imune
O passaporte para as vacinas da Covid-19 ou o certificado verde é cada vez mais uma realidade discutida nos governos e principalmente no setor do turismo e das viagens.
A Dinamarca, por exemplo, espera conseguir emitir um documento digital até ao final deste mês de forma a permitir as viagens de negócios através de um documento que certifique que os cidadãos se encontram vacinados contra o novo coronavírus.
O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu já às autoridades governamentais que “avaliem a viabilidade” para elaborar certificados de vacina e produzir respetivas edições digitais dos documentos.
Mas não são só os governos que estão empenhados em passaportes para vacinas ou certificados verdes. De acordo com o jornal “New York Times”, as companhias Etihad Airways e a Emirates preparam-se para começar a usar passes digitais, desenvolvidos pela International Air Transport Association. O objetivo? Ajudar os passageiros a gerirem as suas viagens, ao mesmo tempo que fornecem as informações necessárias às companhias sobre se foram vacinados e testados contra a Covid-19.
O Fórum Económico Mundial e a “Commons Project Foundation” têm testado o CommonPass, um passaporte digital com as mesmas funções que os anteriores, que funciona através de código ‘QR code‘.
Não são ainda conhecidas quais regras ou imposições sobre este novo documento, mas são vários os países que mantêm restrições nos voos, exigindo igualmente um teste negativo para realizar o embarque e desembarque.
Depois desse confinamento em casa, diversos viajantes desejam viajar ficar ao ar livre e eu sou um deles, vamos aguardar um pouco mais para que viajar seja de novo uma realidade!
SOBRE O AUTOR:
É formado em Licenciatura em Turismo e comunicação Universidade de Lisboa, Lisboa.Informação turística ‑ Guia interprete nacional acolhimento e acompanhamento de turistas, prestação e informação sobre história e património, desenvolvimento de produtos relacionados com informação turística, promoção turística. Gestão turística ‑ gestão de empresas turísticas, planeamento e controle de gestão , funções de coordenação. Gestão do lazer e animação turística ‑ coordenação e controle das diferentes áreas da animação turística em empreendimentos turísticos.
Licenciatura em História pela Universidade de Lisboa.