O Governo de Sergipe é único no Brasil que continua mantendo restrições para o funcionamento de bares e restaurantes nos finais de semana em todo estado, decisão que tem causado grandes prejuízos a cadeia produtiva do turismo e levado muitos empresários a falências e sua continuidade ameaça levar outros para a mesma situação.
As medidas restritivas do Governo sergipano também atingem, destinos turísticos de Alagoas, localizados na região dos Cânions do São Francisco, como Piranhas e Olho d’água do Casado, ja que alguns empreendimentos que funcionam em Canindé do São Francisco, funcionam conjugados com Alagoas.
Já em Aracaju, dezenas de pousadas e pequenos hotéis também fecharam suas portas na orla de Atalaia, sem contar os inúmeros estabelecimentos comerciais que fazem parte da cadeia produtiva do turismo. A situação se agrava com o fato de as companhias aéreas também desativarem os voos regulares o que tornará muito difícil o processo de retomada do turismo em Sergipe.
Buscamos ouvir o Secretário de turismo do Estado, Sales Neto, que se restringiu a dizer que o assunto será abordado em uma reunião, hoje às 15 horas, e acrescentou que preferia “aguardar o resultado” para se posicionar. Indagado se esperava que Governador Belivaldo Chagas flexibilizasse as medidas permitindo que os bares e restaurantes funcionassem nos finais de semana, assim como nos estados de todo Nordeste, o secretário não respondeu.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Sergipe (Abrasel), Bruno Dória, disse que a situação é insustentável diante da falência de vários comerciantes e a possibilidade de muitos não conseguirem retornar à atividade, porque precisam da ajuda do poder público. E cobrou mais sensibilidade do secretário de turismo de Sergipe na defesa do setor junto ao Governador Belivaldo Chagas.
“São dez finais de semana fechados só pagando contas e sem perspectiva”, relata o presidente da Abrasel, que defende as medidas preventivas para o controle da pandemia, mas dentro dos parâmetros normais como que está sendo realizado em outros estados.
Segundo ele, o vírus não circula apenas nos bares e restaurantes, mas nos coletivos e nas filas dos bancos onde existem aglomerações todos os dias. Bruno Dorea cobrou também do Governo do Estado mais ajuda para o setor para evitar a falência e o desemprego em todo estado.