A beleza de ver as velas ao vento em nossas lagoas e mar poderá voltar a fazer parte do cenário de vários destinos turístico em Alagoas, através do Projeto Vela ao Vento, que foi comentado hoje em uma reunião do secretário de desenvolvimento e turismo, Marcius Beltrão e o prefeito de Japaratinga, José Severino, o Deo, que pretende implantar a jangada à velas como meio de transporte para às piscinas naturais em seu município.
O prefeito Deo disse que está trabalhando, junto ao ICMBio, para que seja aprovado no Plano de Manejo o uso de jangadas para o transporte de turistas, com o objetivo de contemplar aos pescadores que têm jangada, para fazerem os passeios às piscinas naturais do município. A mesma proposta está sendo trabalhada pela prefeita de Barra de Santo Antônio, Lívia Carla, para os passeios no rio e também no mar.
O secretário Marcius Beltrão elogiou a iniciativa dos prefeitos em escolherem a jangada a vela como meio de transporte dos turistas para os passeios. “É na verdade o meio de transporte mais ecologicamente correto para toda aquela parte do Litoral alagoano, pois preserva o meio ambiente, não polui com óleo ou barulho de motor, além de gerar distribuição de renda com quem mais precisa que é o nativo, que nasceu e se criou em Japaratinga”, enfatizou o secretário.
A proposta deverá ser levada para ser implantada em vários municípios que têm uma proposta de passeios turísticos aquáticos. Marcius Beltrão lembrou o projeto que criou em Penedo com a valorização das embarcações a vela, como as canoas que levam beleza ao rio São Francisco com suas velas coloridas.
A ideia de promover o uso das jangadas para passeios surgiu do ministro do turismo, Gilson Machado Neto, quando ainda não ocupava o cargo. Em várias entrevistas ele sempre comentava que é preciso resgatar essa habilidade dos pescadores do nordeste, em usar as velas e o vento para mover as embarcações, seja no mar ou rios ou lagoas.
A proposta já encontra também simpatia de empresários como Marcelo Lacerda que sonha ver de volta no mar de Maragogi, as velas das jangadas ao vento. Uma forma ecologicamente correta, que distribui renda, valoriza a cultura e traz beleza.