O caos foi instalado no aeroporto Humberto Delgado em Lisboa, devido uma greve que terminou, mas que causou grande transtornos aos turistas. O impasse foi gerado entre a empresa Groundforce, que cobrar pagamento de salários a TAP que é administrada pelo Governo de Portugal, que estatizou a empresa que passa por grande problemas administrativos.
Em dois dias de greve e mais de 600 voos cancelados nos aeroportos nacionais, a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) apela a um entendimento entre o Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) e a TAP no sentido encontrarem uma solução que evite uma nova paralisação nos próximos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto.
Segundo Francisco Calheiros, “não podemos correr o risco de este cenário se repetir daqui a 15 dias”, no que o presidente da CTP apelidou de “dramático”.
“Existindo um impasse no diálogo entre os trabalhadores da Groundforce e a TAP, é urgente a intervenção do Governo para que se chegue rapidamente a um acordo e, assim, evitar mais três dias de paralisação”, adianta Francisco Calheiros.
Com a greve de 17 e 18 de julho a lesar milhares de pessoas por todo o país, Calheiros afirma que a mesma “não pode implicar o prejuízo para o turismo e para a economia nacional”, além de salientar que estes dois dias “prejudicaram seriamente a imagem de Portugal no exterior, numa fase em que já nos encontramos severamente punidos pela pandemia”.
O presidente da CTP conclui que “esta greve, marcada para o verão, só vem contribuir para asfixiar ainda mais o turismo e a economia de um país a tentar recuperar de um ano e meio de pandemia”.
De referir que já antes, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APVT) tinha chamado à atenção para os prejuízos reputacionais que a greve tinha e tem no plano internacional. “Alguém faz uma pequena ideia do que é que a nossa concorrência, enquanto destino turístico, está já a fazer nas redes sociais, à conta da vergonha que se está a passar nos nossos aeroportos?”, questionou Costa Ferreira, lamentando, em declarações à Lusa a “vergonha que se está a passar” .