Silvia Mosquera, Chief Commercial & Revenue Officer da TAP, disse que as agências de viagens são o maior canal de vendas da companhia aérea e são essenciais para a sua recuperação.
“Estamos a ter reuniões com as agências de viagens para ver como podemos melhorar, como trabalhar juntos para conseguir que o cliente tenha confiança em voar com a TAP”, declarou Silvia Mosquera, no 46º Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, a decorrer em Aveiro, com mais de 700 participantes inscritos.
Como resultado dessa reuniões, “já alteramos as condições para a operação turística e para grupos”, continuou a CCRO da companhia, reforçando que o objetivo é “adaptar o nosso produto para trabalhar melhor juntos”, no que é uma clara inversão da política da anterior administração de Antonoaldo Neves.
Ela alertou ainda que, “não vamos estar sempre de acordo, mas temos que trabalhar juntos”.
As condições para grupos foram uma das alterações destacadas por Silvia Mosquera, que indicou que o ‘deadline’ de cancelamento de grupos sem taxas passou de 60 para 30 dias e o ‘fee’ por passageiro baixou de 100 para 25 euros.
Sobre as queixas das agências de viagens da reduzida oferta de lugares nos voos para grupos, Silvia Mosquera explicou que “no total, a confirmação de grupos na TAP é muito baixa, é de cerca de 20%” e “se damos todos os lugares para grupos e cancelam a 30 dias já não há tempo para vender”.
“Há um máximo da capacidade do avião que posso vender para grupos, que em média é 60%. Na temporada alta essa percentagem pode reduzir-se até 30%”, acrescentou Silvia Mosquera.
A TAP deseja “melhorar as vendas e melhorar a experiência do cliente uma tarefa não é fácil”, disse Silvia Mosquera por estar ser feita ao mesmo tempo que a companhia procura reduzir custos.
Segundo ainda Silvia Mosquera as vendas tiveram “um crescimento muito grande” e reconhece a importância do Brasil para o futuro da TAP, assim como os Estados Unidos. O Brasil possui um mercado de turismo doméstico muito forte e reflete também no transporte de passageiros nos mercados doméstico, étnico e de visitas a familiares e amigos, enquanto o mercado corporativo está a demorar mais a retomar.
O surgimento da nova variante de covid “estamos a ver que as vendas estão a estancar um pouco”, acrescentou Silvia Mosquera. “Tivemos que cancelar voos para Marrocos e para Moçambique” devido às restrições impostas pelos governos. “Não são boas notícias para a companhia aérea nem para os passageiros, mas a prioridade é a segurança”.
A TAP está buscando fidelizar o cliente com ações que nunca realizou como nova política de flexibilidade em vigor a partir do dia primeiro de dezembro, mas sem nenhuma divulgação.