CIA AÉREASNotícias

TAP pune falta trabalhadores grevista e agrava situação para negociação

Os trabalhadores da companhia aérea portuguesa TAP que aderiram a greve nos dia 8 e 9 será penalizado com falta e corte em salários, segundo sindicato dos tripulantes de cabine

Em comunicado enviado aos associados, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), considerou “lamentável o intuito persecutório perpetrado pela TAP contra os tripulantes de cabine, antes, durante e após o período de greve”.

O sindicato disse que ainda que a empresa ameaçou de forma velada aos trabalhadores com um “e-mail enviado para os tripulantes para que ‘informassem a TAP se nos dias de greve iam aderir ou não’, considerando que a ausência de resposta seria considerada como um assentimento tácito de que aderiram à mesma”.

Contudo, o SNPVAC apontou que, segundo o código civil, a falta de resposta do trabalhador não vale como declaração de que vai aderir à greve. “Mas a TAP, fazendo tábua rasa da Lei e da CRP [Constituição da República Portuguesa], num ato só enquadrado à luz de uma raiva incontida pelo êxito da nossa greve, manteve a sua posição, marcando falta por adesão à greve aos tripulantes que, nos dias 08 e 09, tinham assistências (que nunca fora acionadas!), não reunindo, portanto, suporte legal para deduzir se os mesmos aderiram ou não à greve”, lê-se na nota do sindicato.

TAP informou que a nova greve seria “prejudicial” e está disponível para negociar. De acordo com o SNPVAC, a TAP “marcou igualmente falta por motivo de greve aos tripulantes que se encontravam em gozo de folgas ou dias livres de serviço”, acrescentando que “a empresa até enviou um e-mail a tripulantes que se encontravam de férias, questionando se iram aderir ou não à greve”.

O sindicato anunciou que ira’”impugnar as condutas de coação e discriminação que a TAP adotou e venha a adotar”. Os representantes dos tripulantes acusaram ainda a companhia aérea de ‘mascarar’ os números de voos realizados durante a greve, que avançou que em 267 previstos para os dois dias só não se realizaram dois voos de serviços mínimos.

Segundo o SNPVAC, a TAP Air Portugal realizou três voos no período de greve de tripulantes e os restantes “são primariamente desprovidos de sustentação e por isso facilmente desmascarados”.

“Todos os voos que a administração revela ter realizado são voos de regresso à base (fora do âmbito da greve por nós decretada); voos operados por companhias aéreas contratadas para o efeito ou operados pela Portugália (pertencente ao Grupo TAP, mas cujos tripulantes não são da TAP Air Portugal); ou ainda os respectivos voos de serviços mínimos, decretados pelo Tribunal Arbitral – à exceção do Praia e Bissau que a própria Companhia não cumpriu, cancelando-os”, explicou o sindicato.

O sindicato dos trabalhadores reiterou ainda a disponibilidade para negociar com a TAP, para chegarem a um entendimento relativamente ao acordo de empresa, mas sublinhou que, se a TAP mantiver a mesma postura, vai cumprir com a decisão da assembleia-geral de 06 de dezembro, de marcar pelo menos mais cinco dias de greve até 31 de janeiro.

Artigos relacionados
CIA AÉREAS

LATAM lidera as viagens corporativas do Brasil nos três primeiros meses do ano

A LATAM foi apontada como a companhia aérea líder em viagens corporativas do Brasil no primeiro trimestre de 2025, segundo…
CIA AÉREAS

Lisboa e Los Angeles já têm ligação direta com voo da TAP

Os estúdios de Hollywood, Santa Monica Boulevard ou Venice Beach estão agora mais perto de Portugal. A TAP Air Portugal…
Notícias

Anac e STJ discutem iniciativas para fomentar conciliação em conflitos de consumo no transporte aéreo

O diretor-presidente substituto da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Roberto Honorato, e o ministro do Superior Tribunal de Justiça…