MEIO AMBIENTE

GOL anuncia iniciativa piloto de compensação de combustível sustentável de aviação (SAF)

A GOL Linhas Aéreas anunciou que iniciará em setembro as operações piloto da compensação de combustível sustentável de aviação (SAF) por meio do sistema Book & Claim. A notícia foi apresentada por Eduardo Calderon, diretor do Centro de Controle Operacional (CCO) e Engenharia da GOL, integrante do painel “Produção de Combustíveis Sustentáveis de Aviação no Brasil – Aprendizados e Perspectivas Futuras”. O executivo trouxe um olhar da indústria sobre o tema e, para o anúncio conjunto, chamou ao palco Rodrigo Guimarães, diretor Comercial de Aviação da VIBRA, fornecedora de combustíveis da GOL.

Tema recente não apenas na indústria da aviação, mas também em outros segmentos da economia, o modelo Book & Claim permite que uma empresa se aproprie dos créditos de carbono gerados por outra organização que já utiliza a energia renovável, por meio de pagamento. No caso do SAF, ainda sem uma cadeia produtiva legitimada no Brasil, a GOL reivindicará o uso de determinada quantidade de combustível sustentável a outra companhia aérea e receberá os créditos de carbono advindos dessa compensação. Essa operação será feita junto à VIBRA, através da plataforma RSB. 

“Para chegarmos à meta de descarbonização do setor em 2050, temos de começar agora. Dentre os pilares seguidos pela GOL para atingir o balanço líquido zero de carbono, a utilização de SAF é o mais urgente, representando 64% do conjunto de iniciativas. O projeto piloto do Book & Claim manterá a GOL no pioneirismo das iniciativas ligadas ao meio ambiente na América Latina, assim como aconteceu com a possibilidade de compensação de carbono pelos Clientes e com o lançamento das duas primeiras rotas 100% carbono neutro do País, apresentadas pela Companhia em 2021”, afirmou Eduardo Calderon, diretor do Centro de Controle Operacional (CCO) e Engenharia da GOL.

Histórico de ações e metas
A GOL se comprometeu, no segundo trimestre de 2021, com o balanço líquido zero de carbono até 2050. Para atingir essa meta, a Companhia se apoia em 4 pilares, definidos pela ICAO e ratificados pela IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos). Durante o evento, Calderon apresentou as porcentagens que cada um dos pilares representa no objetivo maior que é a descarbonização do setor:

1.   Utilização de aeronaves tecnologicamente mais avançadas que propiciam menor consumo e emissão de CO² – caso do Boeing 737 MAX, grande destaque na frota da GOL: 15%;
2.   Melhorias operacionais contínuas (otimização do espaço aéreo e das operações em solo): 3%;
3.   Uso de combustível sustentável, na sigla SAF em inglês (Sustainable Aviation Fuel): 64%;
4.   Medidas baseadas no mercado – como exemplo, a compensação voluntária de carbono pelos Clientes: 18%.

O mais importante desafio, hoje, é a construção de um marco regulatório no Brasil que permita a produção de SAF (combustível sustentável de aviação). As políticas públicas serão as impulsionadoras dessa produção, sem gerar distorções mercadológicas, garantindo previsibilidade e estabilidade de mercado para os produtores, assim como uma proteção ao consumidor final de não pagar qualquer preço pelo biocombustível.

A GOL ainda comemorou, no evento, os 10 anos do primeiro voo comercial movido a biocombustível no Brasil, realizado de forma pioneira pela Companhia em 23 de outubro de 2013. A rota: São Paulo-Brasília. Ao todo, a empresa já operou mais de 360 voos com bioquerosene.

Atenta à importância das medidas de mercado, a GOL, em junho de 2021, foi a primeira Companhia da América Latina a lançar a possibilidade de seus Clientes compensarem voluntariamente a pegada de carbono de seus voos, uma iniciativa desenvolvida em parceria com a climatech Moss. À campanha voltada para os passageiros, a GOL deu o nome de #MeuVooCompensa. Hoje, os Clientes podem voar com o CO2 já neutralizado, pois a compensação está disponível a todos durante o ato da compra da passagem aérea, de forma fácil e acessível. 

Em setembro de 2021, a GOL estabeleceu a rota Recife-Fernando de Noronha-Recife como a primeira rota 100% carbono neutro no País. Neste caso, a compensação individual do carbono gerado pelas viagens é inteiramente assumida pela GOL e Moss aos Clientes e à tripulação. Um presente para a ilha que é o santuário ecológico do Brasil. No mesmo ano, em dezembro, nascia a segunda rota 100% carbono neutro do Brasil, a que liga São Paulo/Congonhas a Bonito (MS), outro destino sustentável brasileiro. Em setembro próximo, a Companhia revelará sua terceira rota carbono neutro. 

Em março deste ano, a GOL anunciou ter atingido o Estágio 2 da certificação IEnvA (IATA Environmental Assessment, ou Avaliação Ambiental IATA), a comprovação de que o Sistema de Gestão Ambiental da empresa foi de fato implementado e validado, inclusive com o total envolvimento de sua governança. A declaração colocou a Companhia em um seleto grupo de 10 companhias aéreas mundiais titulares desse distintivo.

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