MEIO AMBIENTE

Turismo Comunitário: o caminho para preservação da identidade cultural e ambiental

Viver a cena cultural da periferia com os moradores locais, visitar comunidades quilombolas e aprender sobre os seus ritos e costumes, compartilhar um dia de pesca com pescadores nativos ou até mesmo participar de rituais indígenas em uma aldeia. São essas experiências autênticas que transformam o turismo enriquecendo os visitantes com algo genuíno e significativo. Essa é a base do turismo comunitário, um segmento que tem crescido no Brasil e atraído cada vez mais turistas aos locais que oferecem esses atrativos.

Na contramão do turismo onde são apresentadas apenas as principais regiões das terras baianas, a Rede BATUC oferta conexão com o território, cultura, gastronomia, por meio do turismo comunitário. Esse diferencial rendeu ao movimento o prêmio Ouro na categoria “Promoção da Diversidade e Inclusão”, no 3º Prêmio de Turismo Responsável WTM Latin America.

A Rede Batuc está presente em sete das 13 zonas turísticas da Bahia e em dez dos 27 territórios de identidade do estado, agregando uma outra modalidade à oferta turística estadual e desenvolvendo um turismo sustentável, responsável, regenerativo e solidário pela Bahia.

“Somos jovens, mulheres e homens de comunidades quilombolas, ribeirinhas e extrativistas, de povos originários (indígenas), de assentados da reforma agrária e de agricultores familiares que têm no turismo comunitário uma fonte de trabalho e renda, que a cada hora vem se tornando mais importante, inclusive como instrumento de defesa dos nossos territórios”, destacou a pescadora da comunidade de Matarandiba e integrante da Rede Batuc, Elizângela Lopes.

Como forma de proteção desses grupos, o Ministério do Turismo promove ações que ajudam a desenvolver uma atividade efetivamente sustentável, com forte poder de inclusão social, aliado à defesa dos recursos naturais das regiões.

Os projetos Experiências do Brasil Rural e Experiências do Brasil Original, organizados em parceria com os ministérios da Agricultura e Pecuária, dos Povos Indígenas, da Igualdade Racial e a Universidade Federal Fluminense (UFF), trabalham a qualificação de roteiros turísticos, levando desenvolvimento econômico às comunidades rurais, quilombolas e de povos originários.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, ressalta que o Programa Brasil Original promove o envolvimento dos residentes na gestão do turismo, garantindo assim o crescimento econômico das regiões e a preservação das tradições históricas de cada localidade. “O turismo de base comunitária é uma tendência em ascensão e uma ferramenta eficaz para contribuir para o desenvolvimento sustentável das comunidades locais, ao mesmo tempo em que preserva nosso patrimônio cultural e ambiental”, enfatizou.

É com essa visão que a Rede Batuc desenvolve seu trabalho, onde os visitantes que chegam à Bahia podem conhecer e partilhar vivências, gastronomia, hospedagem, participação nas colheitas, na mariscagem, na pesca, nas atividades com pequenos animais e em atividades de voluntariado. Todo um ciclo que promove a identidade cultural de um povo e gera renda para comunidade local que se apoia no turismo comunitário para garantir sua própria proteção.

Por: Mtur

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