
Cinco anos após o Brexit, o acesso ao Reino Unido vai tornar-se um pouco mais complicado para os europeus: a partir de 2 de abril, será necessária uma “autorização eletrônica de viagem” (ETA) para cruzar o Canal da Mancha. Os portugueses estarão, portanto, sujeitos a esta obrigação, semelhante à exigida para viajar para os Estados Unidos.
Este documento diz respeito a viagens de lazer, atividades profissionais autorizadas, estudos de curta duração e trânsito terrestre (controlo de fronteira em conexão com voo de volta). Para outras situações, será necessário um pedido de visto.
No entanto certos perfis estão automaticamente isentos de ETA, como portadores de visto, residentes permanentes ou residentes temporários, grupos escolares de cinco ou mais crianças menores de 18 anos, e passageiros que fazem escala no Reino Unido sem passar pela alfândega.
A ETA tornará uma viagem ao Reino Unido mais cara. Custará 10 libras por viajante, ou cerca de 12 euros. Um custo que, no entanto, pode ser diluído ao longo do tempo, já que com uma ETA, é possível fazer uma ou mais viagens de no máximo seis meses, ao longo de dois anos. Passando este período será necessário renová-la e pagar novamente. Mas atenção. A ETA expira quando o passaporte expirar.
De acordo com o governo britânico, os prazos de atribuição podem ser maiores em caso de muita procura, daí que a solicitação deve ser feita no máximo três dias antes da data de partida.
Há apenas duas maneiras de obter a ETA: na plataforma online a partir desta quarta-feira, 5 de março, ou através do aplicativo dedicado do governo britânico. O processo leva cerca de 10 minutos, mas não é possível interrompê-lo e continuá-lo mais tarde.
Para obter esta autorização é obrigatório um passaporte biométrico válido emitido por um país com um esquema de isenção de visto para o Reino Unido, uma foto recente de identificação digital de alta qualidade, um endereço de e-mail válido e um cartão bancário funcional.