Ao longo de toda a semana, o Ministério do Turismo promoveu uma série de encontros virtuais em continuidade ao projeto de estruturação do Programa Nacional de Turismo Gastronômico. Profissionais e especialistas de referência em turismo e gastronomia de todo o país participaram das transmissões, que tiveram como objetivo identificar e analisar os principais produtos agroalimentares que podem contribuir para potencializar o segmento. Nesta sexta-feira (20.08), encerrando o clico de oficinas, representantes da região Norte ofereceram suas contribuições.
“Somos um país com sabores e temperos únicos. Temos um potencial enorme para nos destacarmos no segmento de turismo gastronômico, inclusive no cenário internacional pós-pandemia. Para desenvolver o potencial do segmento no país, o Ministério do Turismo tem realizado uma série de atividades, como as oficinas regionais que ocorreram nesta semana”, apontou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.
Em cada uma das oficinas regionais, os participantes discutiram e trocaram experiências acerca do conceito de produtos agroalimentares com potencial para o turismo, quais deles são prioritários e devem ser considerados no fomento ao segmento turístico e, ainda, oportunidades e desafios para a promoção do setor com foco nestes produtos.
Entre os produtos destacados estão, por exemplo, a gengibirra da cultura quilombola e o camarão no bafo, além de pratos típicos como maniçoba, tucupi e tacacá, do Amapá. Já do Acre, a lista inclui a macaxeira, a galinha caipira, o pirarucu e os kibes de arroz e macaxeira. Do Amazonas, por sua vez, destaque para o açaí, o cupuaçu e, também, a mandioca no tucupi. E de Roraima foram indicados produtos da floresta cultivados por indígenas, como o chocolate Yekuana e o tucupi negro wapixana.
Representando o Ministério do Turismo, Ana Márcia Valadão, coordenadora-geral substituta de Turismo Responsável, sintetizou os principais achados das discussões desta sexta-feira quanto à conceituação dos produtos agroalimentares com potencial para o turismo. “Devem ser produtos interessantes e reconhecidos pelo mercado local, que estejam preparados para atender a demanda e que possam ser apresentados como produtos de experiência aos turistas”, explicou. “É impossível falar dos produtos sem remeter à riqueza cultural da região Norte, além da grande diversidade de alimentos e do modo de fazer e consumi-los”, completou a coordenadora.
Os encontros foram conduzidos por Richard Alves, consultor contratado pelo Ministério do Turismo e a Unesco para apoiar o desenvolvimento do Programa Nacional de Turismo Gastronômico. “Nosso objetivo é falar dos produtos relacionados ao turismo gastronômico, que estamos chamando de produtos agroalimentares. Muitos dos produtos que se relacionam como ingredientes da gastronomia estiveram à luz das nossas discussões. Com os encontros, a ideia foi escutar especialistas, chefs, pessoas que se dedicam à gastronomia e, também, os órgãos oficiais dos estados”, contou Richard Alves.
TURISMO GASTRONÔMICO – No Brasil, a gastronomia movimenta cerca de R$ 250 bilhões por ano, segundo cálculos da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). E é, também, um dos itens mais bem avaliados por estrangeiros que visitam o país: 8 em cada 10 turistas internacionais aprovaram a gastronomia nacional em 2019, segundo estudo realizado pelo Ministério do Turismo com visitantes estrangeiros (Demanda Turística Internacional).
Por Amanda Costa
Assessoria de Comunicação do Ministério do TurismoCategoriaViagens e Turismo